Ciclo de fotografia: Para acabar de vez com as imagens
exposição #1: Sobre a Violência
O Ciclo de fotografia: Para acabar de vez com as imagens #1: Sobre a Violência Inaugurou a 23 de Maio de 2023,
na galeria da Parocurar.te, Lisboa.
Com curadoria de Bruno Humberto
e com a participação dos artistas António Caramelo, George Selley, Miguel Ângelo Santarém e Sima Choubdarzadeh.
Ciclo de fotografia: Para acabar de vez com as imagens #1: Sobre a Violência
Somos produtores de imagens, num sistema de relações que se alimenta de imagens, que as disponibiliza para consumo, que as convoca para todo o tipo de uso por dentro de agendas obscuras ou transparentes, onde processos de sedação, projeção, adição e controle individuais e coletivos são possíveis através delas mesmas, e andam a par do gozo estético e da funcionalidade quotidiana.
Este é um ciclo focado na fotografia contemporânea como prática expandida, como motor discursivo para analisar problemáticas estruturantes do mundo. Nesta primeira edição os trabalhos refletem sobre o tema da violência. Partimos da obra “On Violence” (1970), de Hannah Arendt, que analisa a natureza da violência, através da filosofia e política, e suas manifestações de poder e força, na segunda metade do séc. XX, para uma análise mais abrangente dos vários modos de violência com que nos confrontamos diariamente. Convidámos 4 artistas, com práticas e focos bastante diferentes, mas que têm em comum um trabalho onde se questionam as dinâmicas estruturais que agentes opressores usam para manter o seu poder e exercer a sua força.
A fotógrafa iraniana Sima Choubdarzadeh reflete sobre as regras e tradições provenientes de princípios religiosos e a forma como a desigualdade de direitos entre mulheres e homens no Irão é uma fonte de brutalidade contra a mulher. Miguel Ângelo Santarém aborda a questão da habitação social, as ideias e as estratégias de controlo e anulação de comunidades através da arquitectura e política urbanística. George Selley apresenta-nos um trabalho feito a partir de um manual de técnicas de interrogação e tortura, usado por uma academia militar americana, inaugurada nos anos 40 no Panamá, que acabou por treinar soldados, traficantes e futuros ditadores sul americanos. E António Caramelo, na abertura, através da projeção, manipulação de um filme e composição sonora ao vivo, oferece-nos um ensaio e performance crua sobre a crueldade presente no colonialismo.
E perguntamos: Que imagens precisamos para iluminar o nosso entendimento e inspirar a nossa revolta contra as várias violências que atravessam o nosso corpo e o mundo?
na galeria da Parocurar.te, Lisboa.
Com curadoria de Bruno Humberto
e com a participação dos artistas António Caramelo, George Selley, Miguel Ângelo Santarém e Sima Choubdarzadeh.
Ciclo de fotografia: Para acabar de vez com as imagens #1: Sobre a Violência
Somos produtores de imagens, num sistema de relações que se alimenta de imagens, que as disponibiliza para consumo, que as convoca para todo o tipo de uso por dentro de agendas obscuras ou transparentes, onde processos de sedação, projeção, adição e controle individuais e coletivos são possíveis através delas mesmas, e andam a par do gozo estético e da funcionalidade quotidiana.
Este é um ciclo focado na fotografia contemporânea como prática expandida, como motor discursivo para analisar problemáticas estruturantes do mundo. Nesta primeira edição os trabalhos refletem sobre o tema da violência. Partimos da obra “On Violence” (1970), de Hannah Arendt, que analisa a natureza da violência, através da filosofia e política, e suas manifestações de poder e força, na segunda metade do séc. XX, para uma análise mais abrangente dos vários modos de violência com que nos confrontamos diariamente. Convidámos 4 artistas, com práticas e focos bastante diferentes, mas que têm em comum um trabalho onde se questionam as dinâmicas estruturais que agentes opressores usam para manter o seu poder e exercer a sua força.
A fotógrafa iraniana Sima Choubdarzadeh reflete sobre as regras e tradições provenientes de princípios religiosos e a forma como a desigualdade de direitos entre mulheres e homens no Irão é uma fonte de brutalidade contra a mulher. Miguel Ângelo Santarém aborda a questão da habitação social, as ideias e as estratégias de controlo e anulação de comunidades através da arquitectura e política urbanística. George Selley apresenta-nos um trabalho feito a partir de um manual de técnicas de interrogação e tortura, usado por uma academia militar americana, inaugurada nos anos 40 no Panamá, que acabou por treinar soldados, traficantes e futuros ditadores sul americanos. E António Caramelo, na abertura, através da projeção, manipulação de um filme e composição sonora ao vivo, oferece-nos um ensaio e performance crua sobre a crueldade presente no colonialismo.
E perguntamos: Que imagens precisamos para iluminar o nosso entendimento e inspirar a nossa revolta contra as várias violências que atravessam o nosso corpo e o mundo?